Ela

Mandela, cadê ela? Mandela flor bela!

Quem irá falar dela Mandela?

Ideologias do Mandela para ela.

Nasceram um para o outro.

Quem tratará com carinho a sua Leoa?

Não sei se uma porta se fechou ou novas se abriram

para uma nova era Mandela. Apartheid nunca mais nela.

Todas as tribos embalam um só canto de dor

por ti e por ela Mandela,

tu e ela, Mandela dela, Mandela para ela, Mandela manda nela.

Quantas noites serão precisas para festejar Mandela?

Viva a paz semeada nela.

Sei que a Leoa não se perderá, nascerão outros Mandelas para ela.

Estou de cá dançando com a minha tribo, para ti e para ela.

Nunca mais um negreiro irá ancorar nela Mandela.

Ainda lembro a lotação do infame negreiro,

das gaiolas de galinhas por cima de mim, rumo ao porto de galinhas.

Quando pequeno arrancaram-me dela Mandela.

No negreiro conheci Zumbi. Pouco falamos pois o chicote ardia.

Todos negros, todos Mandela.

Nunca mais nos separaremos dela Mandela.

Ainda não se falava em cotas para entrar no infame negreiro.

Hoje por aqui um direito, tratado como cota Mandela.

Joaquim pra eles, Joaquim nosso, Joaquim de lá.

Alexandre Danel
Enviado por Alexandre Danel em 16/07/2013
Reeditado em 18/07/2013
Código do texto: T4390332
Classificação de conteúdo: seguro