DARWINIANA
Ao Poeta Padre Mestre José Joaquim Correia de Almeida
Conheci de meu avô os estribos
Menino a praça como dos macacos
De tal vez já fora dos políticos
Sem ofensas para ambos.
Do pai os minutos de exemplo
Marcavam a vida com os seus passos;
De mãe as horas dos glórias das rezas;
Do filho, no coração, os segundos do tempo.
Sobre as montanhas os arrimos da Cruz
Serviram a Paris os mecanismos,
Engrenagens movendo a fé das gentes.
- O sino da Piedade ecoa a luz!
Havia tanto vagalume na estrada, da fábrica de queijos, em lama,
Havia tanto querosene queimado no ar inspirado;
Aviavam, os olhos, o brilho com as panelas aprateleiradas nas sombras.
- Na alta noite pulgas estrelavam no capim da cama.
A chuva uniu toda a poeira que cobria o milharal,
Equilibravam-se os homens em seus sapatos.
Correu Geralda no quintal a escolher uma ave
Para servir ao filho e aos netos, despertos para o madrigal.
Partiu pela estrada de chão, de pedra ao asfalto
Trilha que outrora fora de mato e derrama,
Escreveu seu sonho no campo das pipas.
Galgou asas, riscou o nome nas nuvens do espaço.
Quase sempre vinha...mas quando ia...ficava uma lágrima
Abraçada na esquina dos olhos com a Rua Bahia,
Rua da Emancipação...qualquer rua da emoção.
Éramos e somos, dos sonhos e sentimentos, a fábrica.
Ninguém consegue o corisco ou o risco impunemente.
Depois de seis lustros na mesma coordenada
Uma timbrehonra de ouro com passador de ouro.
Águas de Roma, em sacrifício expiatório, definitivamente.