DARWINIANA

Ao Poeta Padre Mestre José Joaquim Correia de Almeida

Conheci de meu avô os estribos

Menino a praça como dos macacos

De tal vez já fora dos políticos

Sem ofensas para ambos.

Do pai os minutos de exemplo

Marcavam a vida com os seus passos;

De mãe as horas dos glórias das rezas;

Do filho, no coração, os segundos do tempo.

Sobre as montanhas os arrimos da Cruz

Serviram a Paris os mecanismos,

Engrenagens movendo a fé das gentes.

- O sino da Piedade ecoa a luz!

Havia tanto vagalume na estrada, da fábrica de queijos, em lama,

Havia tanto querosene queimado no ar inspirado;

Aviavam, os olhos, o brilho com as panelas aprateleiradas nas sombras.

- Na alta noite pulgas estrelavam no capim da cama.

A chuva uniu toda a poeira que cobria o milharal,

Equilibravam-se os homens em seus sapatos.

Correu Geralda no quintal a escolher uma ave

Para servir ao filho e aos netos, despertos para o madrigal.

Partiu pela estrada de chão, de pedra ao asfalto

Trilha que outrora fora de mato e derrama,

Escreveu seu sonho no campo das pipas.

Galgou asas, riscou o nome nas nuvens do espaço.

Quase sempre vinha...mas quando ia...ficava uma lágrima

Abraçada na esquina dos olhos com a Rua Bahia,

Rua da Emancipação...qualquer rua da emoção.

Éramos e somos, dos sonhos e sentimentos, a fábrica.

Ninguém consegue o corisco ou o risco impunemente.

Depois de seis lustros na mesma coordenada

Uma timbrehonra de ouro com passador de ouro.

Águas de Roma, em sacrifício expiatório, definitivamente.

Luís Aseokaynha
Enviado por Luís Aseokaynha em 07/07/2013
Reeditado em 23/02/2014
Código do texto: T4376013
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