Será que teu corpo suporta teus sonhos?
Dá sinal que eu vou descer aqui
Não, não você fica. Siga
Eu preciso ficar por aqui mesmo
Pois eu sou isso
Eu sou a poeira na beira da Avenida,
O cracudo que dorme ao lado do meu prédio
Você não consegue entender as raízes
Que estouram a sola do sapato
E vazam esses asfalto fudido
Já carrego todo o erro e a derrota
O que aparecer além, eu trato como vitória
Nessa sobreposições de dias
Acho graça dos seus sonhos,
Mas essa falta de valore
Irá te levar onde você precisa ir
Acho que teu corpo experimentado suporta
Você sabe que sim,
Nós sabemos que sim.