LIVRO DE POESIA
Ao pegar tua mão e guiar teus olhos a poemas viajantes,
consegui mais que uma leitora, abri um livro de poesia,
uma gaiola de versos ansiosos esperavam para fluir...
e eu na curva dos primeiros instantes, vi céus, estrelas tentando ruir...
pra fazer parte do teu papel, eles se imprensavam entre si,
convidavam mares, rios, rapel, se aventuravam no teu sentir,
nesse tempo de descoberta, a poetisa chegou em festa,
foram contos, homenagens, palavras domadas com maestria,
não sei se a poesia te amava ou tu amavas a poesia,
só sei que o recanto deleitou-se com teus cantos,
impressionou-se com teus prantos, fingimentos de quem morre
de amor para depois voltar a sorrir...
Por isso, poeta, nunca parta, deixe sua alma farta de versos pingos
de chuva para regar as flores desgastadas, aquelas amareladas e as
que ainda vão surgir.
À poetisa Ane Rose, pela sensibilidade, talento e inumeráveis escritos que sempre nos tocam a alma.