AMOR...

Se te amo, sei que sofro

Viver é sofrer, é crescer

Se não te amo, eu morro

Então, O que devo fazer?

 

Amor vil, deveras febril

Amor que suga, consome

Amor atroz girando a mil

E que de fato, não some.

 

Amor contato, sensorial

Amor ingênito, é animal

É Antagônico, paradoxal

Dói, e que só me faz mal!

 

Amor que vem para o bem

Mau amor que se mantém

Amor tão presente que vai

Amor tão distante, se esvai.

 

É um amor desgovernado

Um sentimento desatinado

Amor kamikase, é suicida

Homem bomba, terrorista.

 

Amor bandido, é herege

Que só me traz problema

Aleivosia que me adoece

Prostrado, de quarentena.

 

Cego amor que não queria

Porque decerto eu já sabia

Hoje, amanhã ou algum dia

De tanto te amar, morreria.

 

E quando agonizar e morrer

Da dor imensa desse amor

Deus! Se pudesse escolher

Só se nos seus braços for.

 

E no seu olhar arrebatador

Eu, Sepulcro e moribundo

Jaz! Já não sinto mais dor

Amo-te, meu eterno amor.