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CORSÁRIO
era um corsário de maus bofes, a correr pelos sete mares;
perseguia ele o ouro em cofres, que gastava lá pelos bares...
outro havia que era sanguinário, brutal exemplo de corsário;
cheirava sangue de otário, mas portava consigo um relicário...
um dia surge uma armada inglesa, o pirata tem a surpresa;
o predador vira agora a presa, vê virar toda sua ignóbil mesa...
cheiro de pólvora e de medo, e o flibusteiro ri num arremedo;
cheira, agora, a suor azedo, já a sua nau bate num rochedo...
muitos da lide são enforcados; outros, de rum, encharcados;
seus navios e botes emborcados, os tesouros desenterrados...
mal afamada aquela ilha de Tortuga, escapuli eu numa fuga;
no rosto muita cicatriz e ruga, mas sequer tive uma verruga...
mas numa inesperada reviravolta, eis que o Barba Negra volta;
outra nau a sua tripulação solta, mas, no final, ela se revolta...
e ao redor de doze fogueiras, vejo eu dançar doze caveiras;
mingau se come pelas beiras, tenho eu vazias as algibeiras...
ah, se tiveres um tesouro a procurar, estarei lá no oitavo mar;
traga bastante rum pra embebedar, e u'a Sereia prá me amar!
Moacir et Selena 2007
resplandeça a vossa LUZ!
dedicado ao poeta Recantista das Letras
PEIXÃO
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