FERIDADE
(dedicada e em homenagem ao menino João Hélio Fernandes)
“Põe-me onde se usa toda a feridade,
Entre leões e tigres, e verei
Se neles posso achar a piedade
Que entre peitos humanos não achei”
(Camões – Os Lusíadas – Episódio de Inês de Castro)
Arrastado em alta velocidade
Pelo asfalto do chão da estupidez
É meu próprio coração que sangra
É meu próprio peito que sofre
É minha alma que clama por socorro
Sou eu que morro.
Atada ao desapiedado nó da perversidade
Quem sofreu? Quem penou? Quem morreu?
Presa ao cinto da crueldade insana,
Quem jaz? Eu?
Quem jazeu foi a dignidade humana!
(dedicada e em homenagem ao menino João Hélio Fernandes)
“Põe-me onde se usa toda a feridade,
Entre leões e tigres, e verei
Se neles posso achar a piedade
Que entre peitos humanos não achei”
(Camões – Os Lusíadas – Episódio de Inês de Castro)
Arrastado em alta velocidade
Pelo asfalto do chão da estupidez
É meu próprio coração que sangra
É meu próprio peito que sofre
É minha alma que clama por socorro
Sou eu que morro.
Atada ao desapiedado nó da perversidade
Quem sofreu? Quem penou? Quem morreu?
Presa ao cinto da crueldade insana,
Quem jaz? Eu?
Quem jazeu foi a dignidade humana!