GRILHÕES DO AMOR

GRILHÕES DO AMOR

Subo no pé de jabuticabas,

Vejo as vespas e as mangabas.

Tento entender os meus grilhões,

Que doem na alma como ferrões.

Penso nos ogros do meu passado,

Quando tudo ainda era dourado.

Abri-me com uma flor para a vida,

Fazendo do mal uma obra esquecida.

Minha sina me aproximou do amor,

Novo ogro implantando a mim a dor.

Seria eu uma fada a dançar na melodia,

Que atrás do ogro foge da luz do dia?

Danço cantando pelos grilhões de minha sina,

Queria o respeito que sonhei quando menina.

Queria elfo que encanta e toca piano,

Que faz especial o ato mais cotidiano;

Queria ser livre fada alada e lutadora,

Mas o amor do ogro me fez sofredora.

Na lagrima da canção penso na vida,

Que a minha sina me faz de bandida.

Num sopro de coragem rompo os grilhões,

Desço da arvore pensando em mil missões,

Enxugo minhas lagrimas numa faixa colorida,

Jogando-a fora voo em busca de minha vida.

Quero o respeito de um verdadeiro amor,

Que cultive e não mate a pequena fada flor.

André Zanarella 30-04-2013

Dedico a Flavia

Escrito pelo lado Yin

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 30/04/2013
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