Não quero saber
Poema dedicado ao meu melhor amigo, José Araújo de Almeida, o Zé, pela ocasião de sua aposentadoria.
“E agora José”, O tempo passou... Atingistes a plenitude
Da vida profissional com a qual tanto sonhaste
E por ela muito lutaste enfrentando fortes temporais,
Ultrapassando barreiras do inconsciente humano
Com proposta para uma vida real.
“E agora José”, Tu que andas distante dos sonhos...
Cavalgas sobre a realidade, não deixas sangrar no peito uma saudade...
Durão como brasileiro e amazonense, penses que a vida a ti ofereceu
O último degrau na escala ascendente do profissionalismo
E entre tanta gente inteligente que vivia na cidade, tu chegaste
Conquistando com luta teu espaço em meio ao abismo.
“E agora José”, o sonho acabou? O livro se fechou? A biblioteca
Caiu no esquecimento? Sei que viverás sem lamento
Pois a vida a ti foi escrita em preto e branco!
Agora, José, tu ti limitarás a rede preguiçosa? E a prosa
Onde ficará. “Dê a César o que é de César...” isso eu sei
Que jamais negarás, Direito é direito e, como da matéria és defensor, por ele sempre lutarás.
“E agora José”, esqueças-te do passado feito de razão ou emoção...
Não importa, independente do meu querer, competente tu te fizeste
Para em plena calmaria na inatividade então viver.
Re:"Grande Raimundinho,
Me sinto muito honrado e agradecido pela lembrança do amigo. E aí é que eu vejo como estamos afastados. Convivemos diaramente por tanto tempo que é difícil imaginar que passanos tanto tempo sem se falar.
Mas a amizade continua e esse afastamento é momentâneo. É o que esperamos...
Abraço do amigo,
ZéAraujo"