O POETA E O MERCINEIRO
O POETA E O MARCENEIRO
Se Chico não tivesse
Nascido Chico,
Certamente eu seria
Chico,
Mas para meu infortúnio
Chico nasceu Francisco
Que vendo a banda passar
Chamou logo por Iolanda
Daí Deus desistiu
De me fazer Chico,
E chamou me Firmino.
De Chico fez Deus;
Cantador, prosador e poeteiro,
De alma e olhos
Da cor do mar,
E a mim Firmino nazario,
Presente ou me como;
Fazedor de telhado,
E às vezes armário,
De alma e olhos vermelho
Como meu solo mineiro.
Deu me o lápis como formão
E a Chico, esse chamou de inspiração.
Ao Buarco de Holanda que navega
Pelos palcos do mundo levando
A mais pura poesia. (A ele é claro; aplausos, por favor).