Cleire Anita
Anita nasceu com a manhã.
E o seu choro despertou o sol.
Que saltou rápido por detrás dos montes,
Espalhando sua luz por sobre as flores que se abriram sorrindo.
Felizes pelo cantar dos pássaros e o pousar suave das borboletas,
Sobre as suas pétalas.
Os colibris vieram beija-las, e elas fogosas, abriram-se dengosas,
Prontas para receberem seus bicos sedentos.
Não era uma manhã de primavera, mas,
Tudo se fez flores, tudo se fez felicidade.
E o amor nasceu junto com Anita.
Que já era, antes mesmo de ser,
Doce... Anita.
Um sopro de vida numa manhã meio cinzenta,
De um mundo meio cinzento, meio sem cor.
Mas, agora não mais, mesmo que um dia tenha sido.
O vento soprou um som, como que de trombetas e flautas,
Que invadiu os corações e os inundou de uma alegria contagiante,
Como que se seres angelicais estivessem ali tocando.
Suaves como o sorriso que brotou dos lábios róseos,
Da linda e clara criança,
Doce... Meiga.
Claire...Anita.