SOB O CEU DE TERESOPOLIS
SOB O CÉU DE TERESÓPOLIS
Quando ao cair a tardinha
Velho sino badalava,
À Senhora da Saúde,
A Ave Maria eu rezava.
A esta santa padroeira
Um pedido eu fazia,
Esperando um milagre
Que nunca acontecia.
Quando em tempo de novenas,
As promessas redobrava,
Eram preces e mais preces,
Muitos terços lhe ofertava.
A esperança era tão grande,
E a fé maior ainda,
Suplicava de joelhos
Implorando a sua vinda.
Quando a tantos pastores
A Virgem apareceu,
Talvez quem sabe algum dia
A felizarda serei eu?
Hoje como pecadora,
Talvez mágoas eu causei,
Aos meus entes tão queridos.
E até a quem tanto amei.
Quando, ao voltar a este bairro,
A esta paróquia querida,
Ajoelhada ao altar
Fiz a prece arrependida.
Só então eu percebi,
Que não podendo enxergar
Com estes olhos perecíveis,
Poderia lhe falar:
Ó Senhora da Saúde,
Nada fiz por merecer,
De Ti, tanta bondade,
Que aqui venho agradecer.
Sob o Céu de Teresópolis,
As ruas a percorrer,
Senti a felicidade
Em meu peito renascer.
Poesia do Livro:
SOB O CÉU DE TERESÓPOLIS
Lançado em 1993.