Anjo torto

Anjo torto,

Beija-flor solto

Por entre jardins...

Rei sem coroa,

Tua alma boa

Lembra-me dos querubins.

Anjo sem asas

De poesias profanadas

pelos desejos da carne.

Teu verso é água que insiste

em perfurar rochas cristalizadas...

E disso tua alma sabe.

Tal qual um caçador,

não desistes de tuas presas...

É como se teu eu te dividisse

em desejo, amizade e amor.

Mas, sempre serás em toda parte,

Como tu mesmo te definiste,

Um príncipe às avessas.

Ane Rose
Enviado por Ane Rose em 20/02/2013
Reeditado em 25/11/2020
Código do texto: T4149956
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