Na Graça De Iracema (Cinco Estações)

NA GRAÇA DE IRACEMA

Sorria em meio a um mar de rosas

Vasta beleza da violeta glamorosa

Sorria transformando seu jardim em prosa

Brotam em si Gargalhadas deliciosas

Em dia “Florido” ainda se persiste a dor

Trate-a com carinho na pressão a murchou

Mutação no quintal bailou com aquela cor

Dançou juntinho arrancando sorriso da flor

A Mais Arisca entrou no ritmo da pista

A mais doce arrancou suspiros era a Margarida

Um Clima menos tenso parecia uma nova era

Foi apenas um piscar de olhos na Primavera

Tudo bem sua passagem foi de cunho quente

Bate o Sol nesta cidade efervescente

Será que consegue fazer o riso debruçar

No Adorno da tristeza rir é remediar

Moça de corpo dourado na Terra ou Netuno

Esbanja sedução numa praia do futuro

Parece uma Rainha raiando no escuro

Mormaço se rende ao riso puro

Escaldante é fazer da agonia a vibração

Até quando fases tornam ríspida a depressão

Se assim for ela fez da beira mar uma tentação

Frio e calor fazendo amor no verão

Caem pétalas morangos pingos suor

Na Frieza que vem do mar parece um esquimó

Esquiva-se das bolas de neve brancas

Olha para si mesmo e diz irei fazer a mudança

Ninguém mais vai chorar de desespero

Ninguém mais vai enxugar lágrimas por Nero

Façamos da tempestade o revés da lástima

Façamos da chuva uma limpeza máxima

Alagando felicidade ora aqui encontrada

Inundando alegria que antes era magoa

Apocalipse tenta afogar o rir no inferno

Nas veias sente o frio por dentro um Inverno

Será pecado apenas uma mordida

Mas no passado deixou uma ferida

Fora como um fruto arrancado

Brutalmente da árvore delicada

Fica difícil nossa boca degustar

As folhas ficam secas sem respirar

Os Galhos caem formando um redemoinho

Espremido a maça traz um gosto de vinho

Eis de resistir até mesmo o homem de terno

Um mero mortal e seu abraço Fraterno

Fica atônito, sem fala, precisa de um Fono

Rapaz fibra forte de Quixadá em Pleno Outono

Achou o tesouro uma esbelta descoberta

Com amor abra os olhos a porta está aberta

Magnífica és uma nova estação

Ressurgindo em ti o sorriso no coração

Ela brilha o ano inteiro com seu arco

Luxúria corre retumbante em teu seio farto

De conquistas resplandece na natureza

Um impávido colosso retumbante beleza

Terra de primatas receptivos e cativantes

Mais que piratas até a Sereia e seu olhar penetrante

Rendeu-se ao ver aquela bela Cena

São cinco estações na Graça De Iracema

OBS: Texto presente na "ANTOLOGIA DA ALAF", publicado em janeiro de 2013.

Helládio Holanda
Enviado por Helládio Holanda em 10/02/2013
Código do texto: T4132951
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