À MINHA AVÓ ZILDA (IN MEMORIAM)
Era bem cedo e o dia amanheceu triste e pesado.
Uma chuva fina e serena beija a terra lentamente,
E o tempo corria pelas ruas apressado
Anunciando a chegada da “Indesejada das gentes”
Ela levou a mãe de todos nós para a eternidade,
Deixando um vazio e uma saudade desmedida
O quintal nunca mais será o mesmo,
Sem a presença da minha querida Avó Zilda.
O cheirinho de manhã misturado ao do café,
As reprimendas para minha felicidade,
Os ensinamentos acerca da vida e da fé,
Tudo isso minha Avó deixou para a posteridade.
O semblante fechado e o jeito sério,
Escondia o coração de uma senhora amorosa,
Cuidava de todos sempre com tanto esmero...
Que saudades dessa mulher virtuosa.
Acredito que ela encontrou-se com meu Avô,
Que a esperava no outro lado da vida.
Imagino-a dizendo: Carlinhos!
Finalmente eu cheguei para ficarmos juntinhos.
E ele respondendo: Porque você demorou tanto Zilda?.
Com amor e saudades,
Adriano Luchi Giovannini