À MINHA AVÓ ZILDA (IN MEMORIAM)

Era bem cedo e o dia amanheceu triste e pesado.

Uma chuva fina e serena beija a terra lentamente,

E o tempo corria pelas ruas apressado

Anunciando a chegada da “Indesejada das gentes”

Ela levou a mãe de todos nós para a eternidade,

Deixando um vazio e uma saudade desmedida

O quintal nunca mais será o mesmo,

Sem a presença da minha querida Avó Zilda.

O cheirinho de manhã misturado ao do café,

As reprimendas para minha felicidade,

Os ensinamentos acerca da vida e da fé,

Tudo isso minha Avó deixou para a posteridade.

O semblante fechado e o jeito sério,

Escondia o coração de uma senhora amorosa,

Cuidava de todos sempre com tanto esmero...

Que saudades dessa mulher virtuosa.

Acredito que ela encontrou-se com meu Avô,

Que a esperava no outro lado da vida.

Imagino-a dizendo: Carlinhos!

Finalmente eu cheguei para ficarmos juntinhos.

E ele respondendo: Porque você demorou tanto Zilda?.

Com amor e saudades,

Adriano Luchi Giovannini

Van Luchi
Enviado por Van Luchi em 29/01/2013
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