Grato

Do relicário das lembranças emudecidas

De um passado entreposto, vagos sonhos

De quimeras destruídas, o ideal

Restaram ainda sorrisos que ofereço

Com as fagulhas de minh’alma

Noutro tempo, sendo náufrago nau...

Inertes olhos na bruma, que perdiam-se

Sem fitar algo sincero – inesperado –

Como posso esquecer o que fizera

Tornando alvas, minhas nódoas do passado

Aquelas poucas palavras importantes

Que detenho com carinho, por seu valor

Valores que mui vezes só eu percebo

Pois a mim, não são palavras...

É amor

Hoje digo-te –meus desejo –

Que cresça límpido e resplandeça

Leve, puro e calmo

Pois minha alma o impetra

Todo este sentimento

Que em meu coração desperta