SHARON
Sopra o vento em ti, sereno,
Um coro ouve-se soturno
Uma voz, um som pequeno,
Um louvor a ti, diurno.
A terra em ti tem falado,
Fala no vento com as rosas,
E ao falar, fica calado,
Pelas belas manhãs brumosas.
Sopra o vento e uma criança,
Que no sopro do vento cresce,
E o verde seu, da esperança,
Canta o sussurro que enaltece.
Canta um coro angelical,
Nas rajadas do mesmo vento,
Que era vento outonal,
No azul do firmamento.
Nasce, no vento, a menina,
Que é como lírio entre espinhos,
A sua voz bela e divina
Abrem-se-lhe os caminhos.
O vento que sopra nela
É o vento que a faz cantar
E o canto que se ouve dela
É o mesmo que para celebrar.
(YEHORAM)