FRONTEIRA EMOCIONAL

Estamos na linha entre a loucura e sanidade,

O limítrofe nosso de cada dia que nos protege,

Sonhamos com a eternidade, enganos mutantes.

O nosso escapismo fronteiriço, entre o real e o imaginário,

Vivemos as incertezas com toda certeza, no nosso limiar.

Não sei o desfecho, no entanto fecho a equação com toda razão.

Não sei a causa nem tão pouco o efeito da nossa inquietude,

Na solicitude da cegueira emocional, por vezes irracional.

Fecundante tear confinante, tecendo nossa prisão emocional.

Carma semelhante, ou somos o figurante, do teatro real,

Entre o físico e o espiritual fico confuso afinal,

Na minha culpa me desculpo, enfim qual meu delito pontual?

A cegueira esculpida em mim foi o portal confusional, causal.

Desnudo-me dos arquétipos, enigmas dos paradigmas.

Alinho e desalinho meu limiar, quero só meu ninho e descansar.

INTEIRAÇÃO NA POESIA “LIMÍTROFE” DO AMIGO FACURI.

Marta Cavalcante Paes
Enviado por Marta Cavalcante Paes em 20/01/2013
Código do texto: T4094444
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