FRONTEIRA EMOCIONAL
Estamos na linha entre a loucura e sanidade,
O limítrofe nosso de cada dia que nos protege,
Sonhamos com a eternidade, enganos mutantes.
O nosso escapismo fronteiriço, entre o real e o imaginário,
Vivemos as incertezas com toda certeza, no nosso limiar.
Não sei o desfecho, no entanto fecho a equação com toda razão.
Não sei a causa nem tão pouco o efeito da nossa inquietude,
Na solicitude da cegueira emocional, por vezes irracional.
Fecundante tear confinante, tecendo nossa prisão emocional.
Carma semelhante, ou somos o figurante, do teatro real,
Entre o físico e o espiritual fico confuso afinal,
Na minha culpa me desculpo, enfim qual meu delito pontual?
A cegueira esculpida em mim foi o portal confusional, causal.
Desnudo-me dos arquétipos, enigmas dos paradigmas.
Alinho e desalinho meu limiar, quero só meu ninho e descansar.
INTEIRAÇÃO NA POESIA “LIMÍTROFE” DO AMIGO FACURI.