A paixão escrita
Quando uma pessoa normal perde o sono
ela continua deitada até dormir.
O poeta senta e escreve.
A paixão de expressar no papel
o que sentimos é essencial assim como dormir ou comer.
Necessidade e liberdade são o que os donos das palavras sentem.
A inspiração está viva todos os dias em todo lugar e em tudo.
Cheiro, interiores, dúvidas e dores. Passado, presente, futuro.
O caminhar, a discussão, a solidão.
A fragrância do grafite e o seu deslizar nos fazem pensar no dom.
Ao terminar de desenhar palavras vemos o resultado:
Fortes. Pesadas, curtas, longas, alegres, tristes.
Que fiquem só pra nós,que fiquem para todos.
O poeta é poeta para ele ! Mas ele também pode ser para todos.
Se não querem apreciar, apreciamos sozinhos.
Gostamos de ver nos olhos o que as pessoas enxergam quando lêem.
Se tentam decifrar nunca entendem. Se tentarem sentir, sentem o que procuravam.
É quando observamos que as palavras servem para todos.