ONZE-HORAS

Onze-horas, uma flor que floresce o ano inteiro.

Suas pétalas vibram quando o sol a pino.

No inverno ela se aninha...

De cor branca, rosa ou mesclada,

Também se reveste de tons amarelos,

Vermelhos, brancos e róseos.

Desde o século dezoito que aquarela a flora europeia.

Aqui no Brasil também se faz presente.

A sua floração acontece nas estações primavera-verão,

Nos meses mais quentes!

Ela dança, ela canta,

deixando o dia mais alegre e colorido,

e a minha vida, também.

Conheço uma onze-horas, do soprar do vento,

de palavras verbalizadas pelas teias das fibras óticas,

das ondas da vida...

Ela é de cor “branca”, especial,

que me deu de presente, uma semente de cor “azul”,

que todos os dias dar ao meu dia mais vida.

E aproveita-se da suavidade da brisa,

e fica a sussurrar versos nas asas da ventania...

Trazendo a mim toda beleza dessa flor, sua sabedoria...

Deixando em mim o desejo de querer ouvir seu canto,

de sentir seu toque, seu olhar...

Lembrando-se de um tempo não muito distante,

onde as janelas de uma casa se abriam em onze-horas,

Para ver a procissão passar...

Dando voo a imaginação pueril do homem, ontem menino,

Ainda lembra-se da beleza das onze-horas daquela janela,

e da mulher, que as onze-horas, sua beleza emprestava...

Natal-RN, 07 de janeiro de 2013