A FILHA DA FAUNA
Vem, minha princesa!
Assim que gostas ser chamada,
Como também ser muito amada,
Ser tratada como menina?
E eu também de ti careço,
Correspondo aos teus desejos
Com suaves, doces beijos,
Na nossa viçosa campina.
Tu és amor de minh´alma,
Garota do campo, da natureza,
Bem dotada de beleza,
Sinto olor do mato em teu corpo,
Como parte dessa fauna,
Tua voz soa como a floresta
Que parece estar em festa,
Festa das flores e do horto.
Sinto o paraíso em tuas lagoas,
Mas é por tu´aurea presença
Como rica recompensa,
Da maior compensação
Dessa vida descompensada
Que os céus pôde conceder
Neste meu árduo viver
De tanto sofrer ilusão.
É a tua pele como a relva,
Os teus olhos como a pomba
Cujo seu brilho do sol zomba;
Teus pomos são teus seios,
Teus lábios rubros qual maçã,
Tuas pernas são troncos,
Mas não possuem broncos,
São doces, doces recheios.
(YEHORAM)