Bálsamo
Faço parte do teu povo,
Sou gente da tua gente.
Cresci nas tuas esquinas,
Correndo em tuas ruas,
Me banhando nos teus rios,
Explorando tuas matas,
Respirando teus ares,
Sentindo teus aromas,
Provando os frutos dos teus quintais...
E marquei com meus passos teu chão,
Brinquei no teu barro,
Me sujei na tua terra,
Me revestindo com teu pó.
Deixo aqui um pedido:
Peço então quando eu morrer,
Pra ser enterrado ai,
Neste chão que tanto amo.
Pra virar parte de ti.
É, meu Bálsamo!
Às vezes ainda te vejo com os olhos de menino,
Quando andava por tuas ruas despreocupado
E parecia que tudo seria assim pra sempre.
Não foi!
Tive que ir embora,
Mas mesmo depois de tanto tempo
Ainda é o meu lugar, único.