Uivo para a Luz

Que os ventos da boa aventurança nos remetam sempre a lembrança do que ainda não somos e de mais terno advir,que os verbos que exclamo nas andanças sejam para outrem suave elixir a amenizar as
chagas cruas, as duras penas,as pontiagudas lanças que em carne desestimulam o sorrir;

Caminhante por legado, caridade por bonança,o amparo meu escudo a reluzir,de meus calos teço as palavras que de outrem peitos alcançam, estímulo sutil a me inquirir, colinas íngremes e a humildade salutar herança,monossilabo do perene existir;

Hei de vagar pelos vales sem abundâncias, pelas trilhas onde há trevas da ignorância, o trabalho me impele a persistir,centelha crística candeeiro que aos poucos alcança mentes que imploram novamente o reto agir;

Rogo que a serenidade que em meus vocábulos descansa porventura me relembrem porque ressurgi, fazer do meus talhos atalhos para a esperança,solidariedade flámula que em cosmo a paz alcança, e que em meio a luz me permitam o evoluir;

Haverá tempos que o amor ao ser sem ares de relutâncias permeará a Terra, um novo sentir,e com seus saltos ritmados aos corações que com fé e aliança confiam no uivo para a luz,novo advir,em algum lugar pelos vales, pelas vis lamas, em meio aos chorares dos olhos que cansam, o lobo solitário estará alí.


    
Dedico essa poesia ao querido e fraterno amigo Darci,pelo seu incansável e dedicado trabalho através e em prol da luz!
O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 15/12/2012
Reeditado em 15/12/2012
Código do texto: T4036565
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