Normalistas de 1972
o prédio era cinquentenário
e os corações que palpitavam
aqueles degraus não,
eram de jovens guerreiras
em suas armaduras marinho e branco
que riam e sonhavam tanto
como se o futuro fizesse piquenique na esquina
éramos tão meninas...
e tão senhoras de nossos destinos
ainda no limítrofe do desabrochar
algumas agasalhavam outros corações nos ventres
corações embriões de outros e tantos outros
que juntos conjugariam o verbo amar
foi um belo esperançar
de lá pra cá
e tanto a comemorar
Dedicado a todas as normalistas do Instituto de Educação do Paraná
Foto - arquivo particular de Clélia Maria M. Isoloni