CIGANA ROSA
Que vida é essa
Que levas meio a esmo
Ainda assim com tantas certezas
Em teus caminhos?
Que pele macia é esta
Que escondes
Por de baixo de tuas saias,
Levando rosas ao regaço
E tantas fitas pelos cabelos?
Quem és tu,
Filha do vento,
Dona de tantos mistérios
Fundidos ao peito,
Carregados no olhar...
Diz-me ,
Que alegria é esta
Que não se cansa
Que nunca se põe a sessar,
E quando bailas
O mundo para
Somente para te admirar!
Cigana linda do meu caminhar,
Doce são os teus mistérios,
Suaves os teus encantos,
Guardados em recato
E ainda assim tão,
Tão sensuais...
Vem,
Vem ler minha sorte!
Diga que meu futuro será doce
Porque tu estarás presente,
Etérica,
Empiricamente guiando em cada passo
Todo o meu caminhar.
E então,
Termine tuas premonições
Com teu belo misterioso
E nele terei a paz que preciso
Para de novo
Voltar a sonhar,
Doce cigana rosa
Das moedas de ouro!
Clarice Ferreira
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