Era Patativa do Assaré
Em minha direção vinha ele
com o dinheiro graúdo em sua mão.
E por moedas eu trocava
para aquele cidadão.
Chapéu, óculos e apoiado na bengala
o senil homem chegava e comigo falava.
Não importava o quanto ocupado eu estava
a minha atenção para ele se voltava.
Trocado seu dinheiro, ele logo saía.
E lá ia rumo a avenida Duque de Caxias,
ficando eu a pensar o que ele fazia.
Sem saber que tinha nome de passarinho
sempre o tratei com respeito e carinho.
Um amigo que sempre via minha ação
veio falar-me com emoção, sei que nunca deu fé
mas, a pessoa que atendes é Patativa do Assaré.