Nem sei dizer o que sinto
quando o pensamento te alcança...
As borboletas tatuam meu ventre...
Esvoaçando incontidas no turbilhão de emoções.
Pontos luminosos se acendem quando moldo teu rosto...
Os pirilampos não entendem que a noite me deixou em pé,
vasculhando a lembrança do aconchego de tua voz...
Brilham no breu mostrando as musas que te cercam, em danças de sedução.
Não...
Não permito que toquem e acariciem o sorriso que sorriu pra mim...
E nem afastem a camisa que te veste o peito...
Nele deixei tatuado o mapa do tesouro... O esconderijo é o sonho
que não consigo dormir.
Inerte, vejo os pirilampos fugirem com a madrugada rabiscando no ar
o fogo que escreve a lenda...