As Meninas
A Poeta se enternece
com a ingênua beleza
da poesia de antes.
Enternece-me a sua saudade
e revejo as meninas que também
cantei em versos: Ana, das mil noites
e Flávia da antiga Roma.
E deixo viajar nesse rio,
a saudade do tempo
em que tudo se chamava
ternura.
De novo os caracóis que acariciei,
fazem-se longos fios louros
que sugerem a vida a passar
no glorioso movimento
em que tudo é um só momento
e a Poeta é puro sentimento.
Dedicado à Poetisa Sandra Mayworm
Para Ana e Flavia, minhas estrelas.