Betty, com amor.
Na minha solidão
noturno procura
definir você
A minha mente
confunde-me
com o ocaso
no tempo
Um copo de Martini
com contini, vou.
deliciando com gelo
o seu setuagenário
ano, com Kafka.
metamorfoseando o meu
corpo, ouvindo blade runner.
com respingos de chuva
na janela
O seu boop-oop-a-doop e
reconhecível desde o regaço
da minha madre de peito
foi embora
Sinto saudades quando.
você invadia nas tardes em sala
rebolando provocamente na
imaginação juvenil expressando o
meu sonho sexual refletindo sobre
o mundo real e sobre si mesma
no imaginário despertando a loucura de possui-la
Em prantos com a realidade
você despede-me da minha vida
dando tialzinhos
Afinal, você e um desenho animado.
para Betty Poop, nos seus 70 aninhos.
01/08/2005 Altair Cachone/Londrina – 02h09m da madrugada