Aos meus pais
Quem seria eu, se não fosse minha raiz?
O tempo seguiu seu rumo.
O planejamento foi se atravessando.
Oh filhos!
Filhos de Deus.
Filhos da vida.
Filhos meus.
Não há como medir minha gratidão.
Não mesmo, as lágrimas correm apenas agora.
O sacrifício, as noites mal dormidas.
As preocupações, os investimentos.
Os sonhos, o inesperado.
A vida, as surpresas, a dor,
A alegria, a fé.
Tantas emoções que nem conseguiria enumerá-las.
Seguir os seus passos.
Sempre em frente.
As marcas das pegadas ficaram em meu coração.
Na minha alma, no meu sentir,
Na minha vida, no meu caminho.
Segui e continuo seguindo.
Essa genealogia eterna.
Porque tudo se herda.
Desde os vícios às virtudes.
Sigo o meu destino.
Ao que Deus me permite hoje.
Digo que a sinceridade esteve sempre presente.
E continuará comigo.
Porque aprendi a ter fé.
A ter esperanças.
Mesmo sabendo que a vida nos dá pancadas.
Mas assim é que me ergo e continuo.
Do futuro, não sei como agora será.
Sei apenas que na vida escolhemos nosso caminho.
Escolhemos todos os dias a felicidade ou a ingratidão.
Sigo as essências que me foram ensinadas.
E estou determinada a seguir.
Sabendo que os obstáculos estarão presentes.
Pois nem de alegria se vive um homem.
Seguir e tornar-me mais firme, eis a meta.
Tenho noção que pouco sei do mundo,
Das pessoas, das realidades,
Dos relacionamentos.
Mas tentarei.
Tentarei seguir com os modelos a mim deixados.
Neste dia, não preciso dizer mais nenhuma palavra.
Porque sei que não vou conseguir dizer tudo.
As palavras escritas são mais fáceis neste momento.
Digo e transmito o meu agradecimento.
Dobro os meus joelhos,
Abaixo minha cabeça,
A esta raiz que me fez mulher.
Uma mulher de sonhos e de vida.
Uma mulher com missões e desafios.
Há palavras que me perseguem:
Renunciar e regenerar.
Palavras fortes que deixo aqui.
Além do muito obrigada por tudo que sou e o que tenho hoje.
A eterna filha.