Morangos

O velho ator

coloca voz em seu olhar

e todo o seu semblante

conta a história que viveu.

Há compreensão, angústia, nostalgia, perdão

nas cenas escritas em máscaras

que se sucedem:

as dores felizes da infância idealizada

cedem lugar para a indiferente

passagem do Presente

e para a desesperança que desponta

no Futuro desnecessário.

Então, todas as luzes se apagam.

Talvez no filme. Talvez na vida.

Homenagem pouca ao Mestre Ingmar Bergman.