Canção ao mar
Olhando-te assim,
Tão sereno e manso,
Tuas águas viajantes,
É apenas um dos teus encantos.
As criaturas que vivem em teu seio,
Belas e misteriosas são.
Olhando-te assim...
Sinto plena emoção.
Sei que desbravando-te as águas,
Homens demonstraram sua nobreza
Mas, muitos morreram em teus braços,
Em tuas tormentas e bravas correntezas.
Sim, muitos morreram lutando,
Em batalhas que tu presenciastes.
Tenho comigo que morreram em paz e calma,
Lançada ao mar a alma.
Em meio ao calor dos teus vulcões,
Tempestades e tufões...
É assim que percebo, ó mar, a variação da natureza:
Bela e impetuosa, podendo também matar.
A variação da sua cor me faz lembrar,
Toda a diversidade de cores que no mundo há.
Todos conectados em uma rede,
Cada um com sua cor e forma singular.
Ó sim! Agora ouço-te me chamar.
O vento que sopras em minha direção diz:
-Vai-te depressa!
-Nas águas do mar mergulhar!