Acalanto
(à Bárbara Melo Pereira)
Abandona, pois o Olimpo.
Na noite fria e gelada
Ouvindo as preses do mortal
Que clama pelo sono da Musa amada
Sono que chega aos poucos
Adormecendo minha Diva
Vindo bem de mansinho
Como a suave brisa
Dormindo como menina
Vinho que lhe embriaga
As pétalas levadas ao vento
Fazendo flutuar a tua alma
Ecoando o seu canto aos confins do mundo
Voz suave e melodiosa
Que apazigua o ser
Em seu momento de gloria
Planando leve sobre os campos
Surge longe no horizonte
Entre lírios e jasmim
Nasce o sol reinante