A "De doido, basta eu...." de TONY BAHIA

Interação com o poema "De doiudo, basta eu..." do nosso "patrimônio poético Tony Bahia.

Eu, doida de pedra,

E sabes que não tenho cura...

Que faço se me "deletares"?

Tu, que és Poesia de vulcão e lava,

Poesia de cosmo e de buracos negros,

poesia de derramamento de céus em turbulência

Sobre mares que se abrem para colher tais céus...

Também penso, porque não dizê-lo

ai, queria ter normais por perto,

mas nunca me foi possível.

Escrever é loucura,

Escrever e afirmar-se negando-se,

Extirpe maldita essa e já salva de antemão,

Antes de qualquer julgamento final.

A tua poesia, de Baco e de vinhos e alucinações

Lúcidas como certos atos de viver,

Como incertos atos de viver, como o amor.

Como dizer-te como a tua Poesia ecoa, ressoa, sonambuliza,

Encantamento puro e impuro de deuses pretéritos sempre-vivos.

A tua poesia é Potência, para ser sentida e engolida

Essencialmente, pelos loucos

Ou pelos que tenham pelo menos fundíssima

Nostalgia da loucura

Que poderiam vir a ter,

Se pudessem....se pudessem...

Querido louco Tony, amigo meu.

Zuleika dos Reis

...............Tens em minha poesia, o que em ti existe...............

....................................Espelho e reflexo!..........................

"Deus Salve os loucos e os poetas"!...

Tony Bahia