Ao meu pai...

Torrão de terra bruta em seu altar

Deu vida a mil sementes de ternura

Na lida insana, mais, achou secura

Mas firme, nunca em nada, o seu lidar...

No âmago guardou a fé mais leiga

Dispôs sobre esses termos, seu vagar

E deu a sua vida como seiva

Pros filhos que gerou, alimentar...

...que é, gravado em mim hei de levar

Simplório mesmo assim ganhou a cena

A sua imagem é firme e soberana...

Do seu olhar a fonte mais serena

Com sua imagem agreste a contrastar

Prossegue em seus oitenta, a me encantar...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 10/08/2012
Reeditado em 10/08/2012
Código do texto: T3823222
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