O ofício de um historiador
A vida de um historiador, entre seus vai e vens,
Absorve pra si o melhor de sua missão, sem qualquer lamento.
Visionário, questiona o seu objeto, entre os seus "poréns"
Para explicar a conjuntura e o contexto, a luz de seu tempo.
A vida de um historiador, em seu labor,
Carrega em si os momentos
Entre a vibrante alegria de uma descoberta e a isolada dor,
Alternando tais sentimentos.
O historiador procura interpretar da sociedade
Todas os seus entraves e lutas;
As contradições mais inequívocas e todas as alteridades
Na sociedade composta por milhões de anônimos em suas labutas.
Por isso, não é tão fácil quanto se parece o ofício de um historiador.
Longe de conseguir desvendar a "verdade" quimérica,
O historiador tenta, ao menos, clarear em seu labor,
Ações clarividentes e obscuras, sem escrever de forma hermética.
Entre suas leituras (e haja leitura!),
De livros, documentos e arquivos,
O historiador se embrenha com desenvoltura
Para fazer de seu estudo um legado vivo!
Longe do positivismo míope ou do anacronismo,
Segue o historiador, rumo ao desfecho do seu objeto de estudo.
Ele, com sua exaustiva pesquisa e análise, vai com pioneirismo
Às "conclusões" de algo que mal começa a tomar vulto.
E assim, o historiador, em missão com a história
Comprometida com os rumos de sua sociedade,
Abdica dos seus parcos momentos de "glória"
A partir de uma nova missão que envolva toda sua atividade.
E assim, entre "renomados" e anônimos historiadores,
A historia se faz firme e viva
Com todo o uso de sua metodologia e de éticos valores,
Desconstruindo, com os estudos, o "senso-comum" e a estigma...