Lavrinhas

Feminina,
serena,
corpo de menina!
Morena,
sisuda,
misteriosa,
dengosa!
Desfila faceira,
entre suas cachoeiras
e formas sinuosas.
A lua nasce,
devagarinho,
sobre as sombras 
da mata do Colégio.
Ilumina as águas,
clareia o pensamento.
O tempo
já não conta.
São anos passados,
mais de cem!
Seus filhos...
são poucos,
Suas crenças
permeadas por ritos 
e mitos.
O capital natural 
traduz uma grande riqueza.
O velho Paraiba
desce garboso,
ora tranquilo...
ora nervoso.
Muitas são as nascentes.
Algumas moribundas,
Soltas,
perdidas ao vento.
Da mata nativa,
colorida pela natureza, 
o perfume exala
pelo ar.
Rara beleza!
Fundada pelo Coronel,
tem resquícios do café.
Gerou poetas
que amaram a bela Terra!
Berço da cultura,
alicerçada na fé.
Lavrinhas...
É o paradoxo!
Dialética!
A história
aponta a genética
e os encantos
daTerra.
Registra...
a memória,
o caminho do descaminho
no ciclo do ouro.
Lavrinhas...
terra querida,
escondida ao pé da Mantiqueira
segue altiva e altaneira.
No silêncio...
e na suavidade do canto dos pássaros.
Cenário divino,
presente de Deus!







Lavrinhas...minha Terra!