A FLOR DO CAMINHO
Uma pequena flor tão meiga e tão singela
Junto de outras flores, vibrantes e tão belas,
De variadas cores... E de vários odores,
Ornavam o caminho de um jovem caçador!
Mas de tão pequenina quase nem era notada,
Mirrada e tão pálida... Uma flor desmaiada!
Não tinha opulência; não era exuberante,
Por isso aquele jovem não lhe dava valor!
E as flores bonitas, vermelhas, amarelas,
Desejavam a pureza da florzinha singela
E, loucas de ciúme, furtavam-lhe o perfume
E lhe causavam uma terrível dor!
Certo dia, porém, ele observou
Que de todas elas uma ali faltava...
Pelo caminho já não mais exalava
Uma fragrância de tão suave olor!
E a florzinha lá já não mais estava...
Desapontado, ele teve a certeza
Que o perfume era a maior beleza
Que emanava da pequenina flor!
***
Dedico estes versos ao meu querido marido e companheiro Jorge ( que traz em seu espírito uma beleza rara, de singular valor) pelos 32 anos de vida em comum, nos quais partilhamos os nossos onhos,dificuldades e alegrias, numa parceria baseada em respeito mútuo, cumplicidade e muito amor.
Maria do Socorro Domingos dos Santos Silva
João Pessoa, 19/07/2012