PEDRAS DE PARATY
PEDRAS DE PARATY
Meus pés
solas dos pés tocando pedras pelo chão
entre o céu e o verde da amplidão
enquanto o mar vem te banhar
Chora e derrama sobre ti
pedras de Paraty
pés de moleque da cidade
Muitas lágrimas de amor
Nem mesmo a distancia faz o tempo apagar
as marcas nos meus pés a te pisar
caminhos percorridos
nesses ares naturais
Tao lindos os segredos
que guardas
pelas madrugadas
por essa gente que vai e vem
hoje em seus carros nas longas estradas
Se falam essas pedras nos diriam
Lindos versos presos tão coesos
Que os meus pés estão a acalentar
Ocultas tantas sensações em seu ventre
Suas pedras nascentes
Lisas que fazem ferir
Fazem obras nas mãos dos artistas
Objetos de conquistas
Provas do meu caminhar
Encravadas pelo nosso solo
Pequeninas pedras de colo
Coloridas quentes frias
Mudas sábias vazias
Cheias marcas de tantos passos