DE VOLTA PARA O ACONCHEGO.

( Homenagem ao meus tios; Belchior e Nilvania ).

Estou voltando para o aconchego

Da minha terríola tão bela tão pequena

Ao lado de verdes campinas cravada ao pé da serra

Exuberância de natureza que me viu nascer.

Era bem pequeno quando de lá fui embora

Para a cidade grande buscar meus ideais

Parti na madrugada no romper da aurora

Para que a tristeza não me acompanhasse.

Não pude deixar de levar no canto da bagagem

A beleza e a magia daquela região

Para caminhar todos os dias ao meu lado

Nas tortuosas estradas das desilusões.

Hoje vejo que o tempo passou em um instante

A saudade me tortura longe da terra que tanto amei

Por isso estou voltando para meu aconchego distante

Para desfrutar das belezas que deixei lá um dia.

Os meus filhos já estão todos criados

E acostumados com a frenesi da vida

Viver assim não quero continuar

Para meu aconchego quero voltar.

Lá grandes distâncias é apenas um caminhar

As amizades são simples e verdadeiras

Para viver o resto do meu tempo como Deus queira

É para aquela tranquilidade que quero voltar.

Lá é a terra dos meus antiqueridos

Terra querida que também me viu nascer

No dia do meu alento derradeiro

É lá no meu aconchego quê quero ficar.

Pedro Ferreira Lima
Enviado por Pedro Ferreira Lima em 03/07/2012
Reeditado em 21/07/2016
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