DE VOLTA PARA O ACONCHEGO.
( Homenagem ao meus tios; Belchior e Nilvania ).
Estou voltando para o aconchego
Da minha terríola tão bela tão pequena
Ao lado de verdes campinas cravada ao pé da serra
Exuberância de natureza que me viu nascer.
Era bem pequeno quando de lá fui embora
Para a cidade grande buscar meus ideais
Parti na madrugada no romper da aurora
Para que a tristeza não me acompanhasse.
Não pude deixar de levar no canto da bagagem
A beleza e a magia daquela região
Para caminhar todos os dias ao meu lado
Nas tortuosas estradas das desilusões.
Hoje vejo que o tempo passou em um instante
A saudade me tortura longe da terra que tanto amei
Por isso estou voltando para meu aconchego distante
Para desfrutar das belezas que deixei lá um dia.
Os meus filhos já estão todos criados
E acostumados com a frenesi da vida
Viver assim não quero continuar
Para meu aconchego quero voltar.
Lá grandes distâncias é apenas um caminhar
As amizades são simples e verdadeiras
Para viver o resto do meu tempo como Deus queira
É para aquela tranquilidade que quero voltar.
Lá é a terra dos meus antiqueridos
Terra querida que também me viu nascer
No dia do meu alento derradeiro
É lá no meu aconchego quê quero ficar.