RIO URUGUAI, ESPELHO DO TEMPO
Rio Uruguai, no teu percurso
Em coleio, qual centopéia
Tu és um espelho do tempo
E luzeiro de uma epopéia
És um sentinela da Pátria
Sempre alerta em movimentos
Registrando a nossa historia
Com seus acontecimentos
Teu leito, velho Uruguai
Que algum piragueiro encilha
Levou comida e munições
Á Imperiais, e Farroupilhas
Viu anciãs negras no inverno
Num remanso de amarguras
Lavando as vestes que encobrem
O negror das criaturas
Em tuas frondosas margens
Nasceram grandes amores
Florindo o jardim dos versos
Que inspira a voz dos cantores
E foste usado á revelia
Por mercenários sem brios
Que fomentavam a desgraça
Nas duas bandas do rio
Tua água mansa rio Uruguai
Que aos raios do sol cintila
Por vezes vira serpente
E o seu veneno destila
Meu rio, espelho do tempo
Meu canto, um hino pra ti
Leito de vida e historia
Do meu rio grande guri
Tu és um grande monólito
Laço de paz e integração
Sagrado lábaro estendido
Entre três povos irmãos