RIO URUGUAI, ESPELHO DO TEMPO

Rio Uruguai, no teu percurso

Em coleio, qual centopéia

Tu és um espelho do tempo

E luzeiro de uma epopéia

És um sentinela da Pátria

Sempre alerta em movimentos

Registrando a nossa historia

Com seus acontecimentos

Teu leito, velho Uruguai

Que algum piragueiro encilha

Levou comida e munições

Á Imperiais, e Farroupilhas

Viu anciãs negras no inverno

Num remanso de amarguras

Lavando as vestes que encobrem

O negror das criaturas

Em tuas frondosas margens

Nasceram grandes amores

Florindo o jardim dos versos

Que inspira a voz dos cantores

E foste usado á revelia

Por mercenários sem brios

Que fomentavam a desgraça

Nas duas bandas do rio

Tua água mansa rio Uruguai

Que aos raios do sol cintila

Por vezes vira serpente

E o seu veneno destila

Meu rio, espelho do tempo

Meu canto, um hino pra ti

Leito de vida e historia

Do meu rio grande guri

Tu és um grande monólito

Laço de paz e integração

Sagrado lábaro estendido

Entre três povos irmãos

Silvestre Araujo
Enviado por Silvestre Araujo em 03/07/2012
Código do texto: T3758582
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