Pai...
Os severos anos deixam os teus cabelos com a cor de prata,
As tuas rugas se tornam cada vez mais evidentes,
A tua voz se torna cada vez mais grave, e um pouco rouca,
E eu, que quando menino, contemplei a tua juventude,
Hoje, eu contemplo a tua constante e inevitável decadência.
Ainda continuas um doutor, um profissional liberal,
Um homem de bem, um trabalhador honesto, um bom provedor,
E eu, já um homem feito e estudado, testemunho por ti, meu pai,
Que até hoje me serves de referência de vida e de comportamento,
Sim, meu velho, meu pai, minha origem, esses versos são pra ti,
Que Deus ainda te dê longos anos de vida com uma boa saúde.