Pai...

Os severos anos deixam os teus cabelos com a cor de prata,

As tuas rugas se tornam cada vez mais evidentes,

A tua voz se torna cada vez mais grave, e um pouco rouca,

E eu, que quando menino, contemplei a tua juventude,

Hoje, eu contemplo a tua constante e inevitável decadência.

Ainda continuas um doutor, um profissional liberal,

Um homem de bem, um trabalhador honesto, um bom provedor,

E eu, já um homem feito e estudado, testemunho por ti, meu pai,

Que até hoje me serves de referência de vida e de comportamento,

Sim, meu velho, meu pai, minha origem, esses versos são pra ti,

Que Deus ainda te dê longos anos de vida com uma boa saúde.

Fábio Pacheco
Enviado por Fábio Pacheco em 13/06/2012
Reeditado em 15/06/2012
Código do texto: T3722515
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