PARA CAEIRO
PARA CAEIRO
Talvez, um dia, quem sabe, eu visite
a fazenda dos teus sonhos
e não guarde, tão somente, rebanhos
e, sim, os versos mancos que componho
Eu escrevo somente o que sinto
Se minto, não sei, me diga
Estou doente dos olhos e coração
Descrente do mundo e com fé na vida
Minha filosofia expõe todo o meu eu
Meu relógio não mostra o tempo
e eu tateio até encontrar o apoio
na realidade cruel do momento
Não sou mestre! Quem dera, um dia,
eu entenda a simplicidade da vida
e aprenda a sorver as sensações
sem explicar, apenas, senti-las
A minha pessoa é única e basta
Quero parir apenas minhas poesias
Em riste a caneta aponta o horizonte
Mostrando que lá é onde tudo se cria
Mário Paternostro