Vulto da passagem
Sobra da imagem
De um sonho estagnado
Andando calado
Na humana paisagem.
Ameaçado pelo tempo
De veredas incertas
Traduz algum tormento
Em meio a descobertas.
Vulto que percorre
Todos os cantos do mundo
Depois de nascer morre
Caindo em sono profundo.
(Em memória do poeta grego Konstantinos Kaváfis)