Ato falho
O idiota brincando de sábio
Brinquedo vira trabalho;
Precisa buscar alfarrábios,
Pra cortar com alheio talho;
Importar mentes para os lábios,
Abrolho, pretenso carvalho;
Fabiano parece, mas, não é Fábio,
Inevitável resulta um ato falho...
E falhando sem esforço se nota,
Até um cego poderia ver;
Qual produto ele empacota,
E como seu, tenta vender;
Um bosta metido, mero Janota,
Carecendo aprender a aprender,
Basta denunciar a um idiota,
Que ele terá quem defender...
Carne macia como boi pra abate,
Falta têmpera, berço de ouro;
Desconhece a amargo do mate,
Mas sonha com o doce dos louros;
Protegido pela lonjura bate,
Mas, a vida vai marcar seu couro;
De longe úbere e bagos ficam empate,
Pois até a vaca parece ser touro...