O VIZINHO
Assim como tantos outros
Eu já tive quedas na vida
Mas sempre que precisei
Havia uma mão estendida
Para aliviar minhas dores
Nesta estrada percorrida
E me mostrar que para tudo
Sempre existe uma saída
Quando o amor pulsa forte
No lado esquerdo do peito
E brota o inço da desilusão
Por brigas ou preconceitos
Nos deixando sós e tristes
Sem ter forças para chorar
Sempre surge um ombro amigo
Para a gente desabafar
As vezes nos fazem pouco
Porem se houver precisão
Tanto faz ser rico ou pobre
Pois não existe distinção
Eu ajudo, alguém me ajuda
De bom grado e coração
Porque na necessidade
Todo mundo estende a mão
Quando a tristeza arrodeia
Que nem cusco atrás do rabo
Eu abro um sorriso imenso
E da tristeza eu dou cabo
Pois um sorriso no rosto
È que nem adubo em horta
Nos faz crescer como pessoa
E entrar em qualquer porta
Os vizinhos de traz me adoram
Os da frente me querem bem
Me respeitam os da direita
E os da esquerda também
As diferenças de caráter
Viram laços de igualdade
E as discussões são trocadas
Pela união e a amizade
As almas se fazem nuas
Tudo è festa, amor e alegria
Dança e churrasco nas ruas
Pois è feriado por um dia
E quem tiver Deus na alma
Jamais vai ficar sozinho
Porque sem perder a calma
Todo mundo è um bom vizinho
E mesmo assim rezo a Deus
Para nunca ficar sozinho
E mesmo que meu consolo
Seja uma esteira de espinhos
Um naco do amor eterno
À de mostrar-me o caminho
Que eternize o bem estar
E o bem querer do vizinho