À MINHA MÃEZINHA

"A bondade choremos inocente,

Cortada em flor que, pela mão da morte,

Nos foi arrebatada dentre a gente".

(Camões)

Madrugada de Cinco de Setembro,

A minha mãe eu vi em agonia

Partindo. Junto a mim se despedia

E em intensa agonia foi morrendo.

Senti no seu alento derradeiro,

Que seu pai, meu avô, veio buscá-la;

Ao Grande Paraíso foi levá-la,

No fúnebre momento passageiro.

Do teu semblante o encanto, a alma carrega,

Na hora da despedida tão sentida!

Fiquei sem teu consolo, ó Mãe querida!

Uma grande tristeza o peito encerra.

Por decreto da Morte, adormeceu!

Minha Mãezinha jaz na terra agora!

Contigo, ó Noite para sempre mora

Quem teve desenganos e sofreu!

angelk
Enviado por angelk em 12/05/2012
Reeditado em 25/04/2020
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