Emilie

Foi nos canais de Veneza,

Que então eu lhe vi,

A face rubra de beleza

Não era ti Emilie?

Que em lábios rosados,

Suava em tanto calor,

Na volúpia tão molhados

Lembra de mim amor?

Eu fui apenas à imagem,

De uma honra que servi,

Do olhar uma miragem,

Não foi isso Emilie?

Nestas noites relembro

Da visão de tua luz,

Lúcido enfim me lembro

Do olhar que te pus!

Que doce sonhar fizera

D’um dia que eu vivi,

Tornar-te-ia tão bela

Crê em mim Emilie?

Deixe que a viola,

Arpeje só um canto,

Vinde a mim senhora

Pois sou tão santo!

Meu anjo não cores,

O pejo que lhe parti

Por teu amor chores

Como te amei Emilie!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 09/05/2012
Código do texto: T3658498
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