TRIBUTO À UM POETA
 
Que as pessoas em quem acredito,
as quais prezo como amigas
não traiam minha confiança
e nem eu me ressinta (Por que;)
quando os inimigos me ofendem
meus amigos consolam.
 
Que a força da maldade não me tire
a ambição de continuar minha jornada
e as fronteiras do desconhecido
não me causem angústia  (Por que;)
a vida é mais que uma dúvida
e a morte é mais que certeza.
 
Que eu não seja egoísta demais
e nem demais caridosa
mas que eu seja razoável,
nem pobre e nem rica (Por que;)
o  que eu conquisto de dia
a própria noite consome.
 
Que eu ame ainda mais uma vez
ou quem sabe a última vez,
por certo apagará como chama
no silêncio do nada (Por que)
nem tudo o que eu vejo é concreto
e nem tudo o que sinto é abstrato
 
Que eu cale os meus pensamentos
pois muitos jamais me entendem,
o que tenho de imaginação
vai além de tudo (Por que;)
para mim é mais que natural
o que para os demais é mistério.
 
Que eu não seja uma celebridade
tampouco uma miserável,
que não seja nem muito nem pouco
e não seja molde (por que;)
minha proporção da verdade
é a mesma da mentira.
 
Que em delírio eu seja capaz
de desenhar o som de uma gota,
da lágrima caindo na flor
na tela do tempo (Por que;)
sobriamente eu já amei
e loucamente também.
 
que estes versos sejam capazes
de exaltar ao olhar do universo
o gênio, o amor, o poema e o brilho
de duas metades (Por que;)
Oswaldo Montenegro é o poeta
enquanto eu penso que sou.


Moly
Enviado por Moly em 07/05/2012
Reeditado em 06/05/2013
Código do texto: T3654763
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