“TRIBUTO À EVA DE ENTRE FOLHAS”
Valdemiro Mendonça
Oi Eva menina doce de entre folhas
Não mais tão jovem ainda é faceira.
Não se entristeça se o tempo passou
Porque nossa vida... É só passageira.
Não aconteceu só com a doce Evinha,
Também eu, sou agora um velhinho!
E sei que nem se lembra de um louro,
Que a paquerava, sempre no caminho.
Lembro uma vez na praça da cidade,
Era mês de junho, maio... Algo assim.
E a rapaziada para chamar a atenção
Jogava milho naquela que estava a fim.
Você passou... A princesa desfilando,
Você tinha quinze, ou quinze e meio.
Eu, mais velho, mas, ai... Tão tímido,
Que já era milagre estar naquele meio.
E joguei o milho que eu tinha na mão,
Na moça mais linda que estava na praça,
E num gesto de desprezo, como rainha!
A princesa brava deixou-me sem graça.
Lembro-me que depois disto eu parti.
Rodei o mundo , casei, morri e cansei.
E um dia reencontrei aquela doce Eva,
Que um dia, tenho certeza... Eu amei.
Trovador